INTRODUÇÃO
Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando
uma parte do cérebro deixa de ser irrigada pelo sangue.
uma parte do cérebro deixa de ser irrigada pelo sangue.
Isto sucede sempre que um coágulo se forma num vaso
sanguíneo cerebral ou é transportado para o cérebro depois
de se ter formado noutra parte do corpo, interrompendo o
fornecimento de sangue a uma região do cérebro.
sanguíneo cerebral ou é transportado para o cérebro depois
de se ter formado noutra parte do corpo, interrompendo o
fornecimento de sangue a uma região do cérebro.
Pode, também, resultar da ruptura de uma artéria cerebral e, neste
caso, o sangue que dela extravasa vai destruir o tecido
cerebral circundante. Em qualquer dos casos, o tecido
cerebral é destruído e o seu funcionamento afectado.
caso, o sangue que dela extravasa vai destruir o tecido
cerebral circundante. Em qualquer dos casos, o tecido
cerebral é destruído e o seu funcionamento afectado.
É do cérebro que partem os estímulos para movimentar os
músculos. A metade direita do cérebro comanda o lado
esquerdo do corpo e vice-versa. Por conseguinte, uma lesão
na metade direita do cérebro pode causar paralisia do lado
esquerdo, enquanto que uma lesão da metade esquerda do
cérebro pode causar paralisia do lado direito. As lesões da
metade esquerda do cérebro podem dar origem a
perturbações da fala e levar o doente a perder a percepção
do lado direito do corpo ou do ambiente que o rodeia.
músculos. A metade direita do cérebro comanda o lado
esquerdo do corpo e vice-versa. Por conseguinte, uma lesão
na metade direita do cérebro pode causar paralisia do lado
esquerdo, enquanto que uma lesão da metade esquerda do
cérebro pode causar paralisia do lado direito. As lesões da
metade esquerda do cérebro podem dar origem a
perturbações da fala e levar o doente a perder a percepção
do lado direito do corpo ou do ambiente que o rodeia.
À paralisia de um dos lados do corpo dá-se o nome de
hemiplegia (esquerda ou direita); a perda da capacidade da
linguagem chama-se afasia. Podem ainda ocorrer outros
problemas, como a perda da sensibilidade ou da força no
lado afectado, perturbações do equilíbrio e alterações da
visão.
VIVER APÓS UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
hemiplegia (esquerda ou direita); a perda da capacidade da
linguagem chama-se afasia. Podem ainda ocorrer outros
problemas, como a perda da sensibilidade ou da força no
lado afectado, perturbações do equilíbrio e alterações da
visão.
VIVER APÓS UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Uma pessoa que sofre um acidente vascular cerebral deve
sempre ser observada num hospital, no mais curto espaço
de tempo, para se avaliar a necessidade de internamento
e ser estabelecido tratamento adequado, até para evitar que
o acidente se repita.
sempre ser observada num hospital, no mais curto espaço
de tempo, para se avaliar a necessidade de internamento
e ser estabelecido tratamento adequado, até para evitar que
o acidente se repita.
Quando vai para casa, não obstante a sua incapacidade, é
importante que o doente procure executar tarefas da vida
diária, como sejam, virar-se na cama, levantar-se e sentarse
na beira da cama, lavar-se, comer, reeducar os intestinos
e a bexiga ou utilizar a cadeira de rodas.
importante que o doente procure executar tarefas da vida
diária, como sejam, virar-se na cama, levantar-se e sentarse
na beira da cama, lavar-se, comer, reeducar os intestinos
e a bexiga ou utilizar a cadeira de rodas.
A maior parte das pessoas conseguem, após um acidente
vascular cerebral, voltar a executar, sozinhas, essas
actividades, desde que tenham a ajuda e o encorajamento
adequados; outras aprendem o suficiente para necessitarem
de pouca assistência.
vascular cerebral, voltar a executar, sozinhas, essas
actividades, desde que tenham a ajuda e o encorajamento
adequados; outras aprendem o suficiente para necessitarem
de pouca assistência.
Um assunto tão vasto como o acidente vascular cerebral,
que abrange indivíduos com diferentes graus de incapacidade
e grande diversidade de doenças associadas, não pode ser
totalmente esgotado neste guia. No entanto, é aqui feita
referência à maior parte das actividades essenciais à
autonomia, baseadas no quadro clínico resultante do tipo de
acidente vascular mais frequente. Se houver dúvidas sobre
o caso concreto de um doente, deve ser consultado o médico
ou a enfermeira.
que abrange indivíduos com diferentes graus de incapacidade
e grande diversidade de doenças associadas, não pode ser
totalmente esgotado neste guia. No entanto, é aqui feita
referência à maior parte das actividades essenciais à
autonomia, baseadas no quadro clínico resultante do tipo de
acidente vascular mais frequente. Se houver dúvidas sobre
o caso concreto de um doente, deve ser consultado o médico
ou a enfermeira.
Explicar, de uma maneira simples, o que é um AVC é uma
forma de diminuir a ansiedade que esta situação pode
provocar e de tornar mais claros os procedimentos a adoptar.
forma de diminuir a ansiedade que esta situação pode
provocar e de tornar mais claros os procedimentos a adoptar.
COMO AJUDAR ALGUÉM QUE SOFREU
UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
As pessoas que sofreram um AVC devem, por si próprias
e o mais cedo possível, procurar a autonomia e
desempenhar um papel activo na sua recuperação.
É natural que tenham receio de experimentar novas ocupações.
De início, devem ser estimuladas a realizar tarefas simples
que estejam ao seu alcance, sendo-lhes dada a ajuda
suficiente para que obtenham bons resultados.
De início, devem ser estimuladas a realizar tarefas simples
que estejam ao seu alcance, sendo-lhes dada a ajuda
suficiente para que obtenham bons resultados.
Alguns aspectos a valorizar pelos familiares quando prestam
cuidados aos doentes com AVC:
cuidados aos doentes com AVC:
Deve ser dada apenas a ajuda necessária para que a
pessoa consiga executar determinada tarefa. Há famílias
que, com boas intenções, prestam demasiada ajuda, o
que leva a que o doente não faça o suficiente pelos seus
próprios meios e, por conseguinte, perca a confiança em
si próprio. Deve deixar-se que execute sozinho as tarefas,
mesmo que demore mais tempo.
pessoa consiga executar determinada tarefa. Há famílias
que, com boas intenções, prestam demasiada ajuda, o
que leva a que o doente não faça o suficiente pelos seus
próprios meios e, por conseguinte, perca a confiança em
si próprio. Deve deixar-se que execute sozinho as tarefas,
mesmo que demore mais tempo.
Deve-se encorajar o doente sem se lhe exigir demasiado.
É necessário ser firme, mas compreensivo, e nunca se
mostrar impaciente ou zangado.
É necessário ser firme, mas compreensivo, e nunca se
mostrar impaciente ou zangado.
VIVER APÓS UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Depois do AVC, o doente pode ter reacções estranhas,
como chorar ou rir, sem motivo aparente. Isto não deve
causar preocupação, porque se trata de uma manifestação
normal da doença, que desaparece progressivamente com
a sua evolução.
Depois do AVC, o doente pode ter reacções estranhas,
como chorar ou rir, sem motivo aparente. Isto não deve
causar preocupação, porque se trata de uma manifestação
normal da doença, que desaparece progressivamente com
a sua evolução.
O doente deve ser encorajado a receber visitas, a sentarse
na varanda ou no jardim e a passear na rua. Não deve
ficar isolado.
na varanda ou no jardim e a passear na rua. Não deve
ficar isolado.
Não esquecer que, apesar da sua incapacidade, este
doente deverá ser tratado com respeito, ser integrado nos
assuntos da família, sendo-lhe pedida ajuda em pequenos
trabalhos domésticos.
doente deverá ser tratado com respeito, ser integrado nos
assuntos da família, sendo-lhe pedida ajuda em pequenos
trabalhos domésticos.
Deve estimular-se o doente a sair de casa e a integrarse
na comunidade. Existem centros de dia para pessoas
idosas e com incapacidades, que podem proporcionarlhe
outras companhias e actividades. Quanto mais
ocupado e activo estiver, melhor será a sua atitude,
disposição e recuperação.
na comunidade. Existem centros de dia para pessoas
idosas e com incapacidades, que podem proporcionarlhe
outras companhias e actividades. Quanto mais
ocupado e activo estiver, melhor será a sua atitude,
disposição e recuperação.
COMO ADAPTAR O MOBILIÁRIO
E O EQUIPAMENTO
Cama altura da cama deve permitir que uma pessoa possa sentar-se nela, confortavelmente, com os pés assentes no chão.
Deve ser estável, para o que convém colocá-la num canto, contra a parede, e aplicar-lhe calços de borracha ou de madeira.
A cama deve ser colocada de maneira a que, quando o doente estiver deitado de costas, o seu lado são fique na borda da cama que está afastada da parede, facilitando o acesso à pessoa que cuida dele.
O colchão deve ser duro e, se necessário, com um estrado de madeira por baixo. Sempre que o doente estiver deitado, o pé afectado deve ser apoiado de lado, por forma a que não descaia e que os dedos fiquem virados para cima. Esta posição facilitará o treino para voltar a andar.
Recomenda-se a utilização de uma protecção para os pés (gaiola ou cunha).
Recomenda-se a utilização de uma protecção para os pés (gaiola ou cunha).
Mesas e Cadeiras
A mesa de cabeceira deve ser colocada do lado são da pessoa, para facilitar a sua autonomia.
As mesas de "trabalho" (para comer, escrever, etc.) devem ser estáveis, sólidas e suficientemente altas, de forma a não exercerem pressão nos membros inferiores e coxas, quando a pessoa estiver sentada com as pernas debaixo dela.
As mesas de "trabalho" (para comer, escrever, etc.) devem ser estáveis, sólidas e suficientemente altas, de forma a não exercerem pressão nos membros inferiores e coxas, quando a pessoa estiver sentada com as pernas debaixo dela.
As cadeiras devem ser sólidas, com encosto e apoio para as mãos e os antebraços.
Cadeira de rodas rodas
Cadeira de rodas rodas
Na fase inicial da recuperação, durante a aprendizagem da marcha, o doente poderá beneficiar com a utilização de uma cadeira de rodas, que lhe permitirá deslocar-se com segurança, ir à casa de banho, participar mais activamente na vida familiar e sair para a rua. Mais tarde, à medida que for fazendo progressos no andar, poderá dispensá-la. É, por isso, aconselhável recorrer primeiro ao aluguer e só fazer a compra se vier a ser necessária permanentemente.
Neste caso, deverá dar-se preferência ao tipo dobrável, que possua as seguintes características:
travões eficazes e fáceis de manobrar
altura do assento que permita que os pés cheguem ao
chão
chão
rodas traseiras largas e rodas dianteiras de pequenas
dimensões
dimensões
apoios, para os braços, planos e acolchoados
apoios, para os pés, que se possam levantar
Como o comando da cadeira de rodas é unilateral, bastam a mão e o pé sãos para a utilizar. A pessoa pode pôr a cadeira em movimento e orientar a velocidade com a mão sã e guiála
com o pé são.
com o pé são.
EXERCÍCIOS
Conveniente que seja um fisioterapeuta a explicar ao doente e à família como executar os exercícios adequados. Estes ajudarão a prevenir a rigidez e a readquirir alguma força no lado afectado, devendo ser executados com regularidade e de acordo com as instruções dadas.
São apresentados, a seguir, alguns exemplos de exercícios que podem ser realizados em casa.
São apresentados, a seguir, alguns exemplos de exercícios que podem ser realizados em casa.
Mãos e Braços
A movimentação dos braços e ombros deve ser cuidadosa e gradual. Não se pode pretender que o doente execute o movimento completo à primeira tentativa, mas é importante repetir o exercício várias vezes até o conseguir, ainda que isso cause alguma dor e fadiga. A imobilidade das articulações seria ainda mais dolorosa.
A instalação de uma "roldana", em casa do doente, permitirlhe- á realizar outros exercícios de mobilização.
Ancas
Deitado de costas, o doente deverá, primeiramente, dobrar os joelhos (se necessário, com a ajuda de outra pessoa) e pressionar os pés contra o colchão. Em seguida, conservando os joelhos unidos, deverá levantar as ancas.
Deitado de costas, o doente deverá, primeiramente, dobrar os joelhos (se necessário, com a ajuda de outra pessoa) e pressionar os pés contra o colchão. Em seguida, conservando os joelhos unidos, deverá levantar as ancas.
Pernas e Pés
Realizar movimentos de extensão e flexão dos pés, ou seja,
esticar e encolher os pés.
esticar e encolher os pés.
Andar
A BENGALA deve ter um bom apoio para as mãos e altura que, quando assente no chão, permita que o cotovelo do doente fique ligeiramente dobrado.
A CANADIANA deve ter as mesmas características que a bengala, devendo permitir que haja um espaço livre entre a parte superior da canadiana e a axila do utilizador.
Pode também ser utilizado um ANDANDARILHO ARILHO ARILHO, que tem a vantage de dar mais estabilidade.
Pode também ser utilizado um ANDANDARILHO ARILHO ARILHO, que tem a vantage de dar mais estabilidade.
PARA ANDAR , pôr a bengala ou a canadiana à frente e ligeiramente ao lado do pé são. Avançar o pé doente até ao sítio em que foi posta a bengala. Pôr todo o peso do corpo na perna doente e na bengala, e dar um passo em frente com o pé são. Durante a marcha, o pé doente não deve avançar para além da bengala ou da canadiana.
Escadas
Para que o doente possa utilizar uma escada, é necessário que esta possua dois corrimões, um de cada lado da escada, ou um só, colocado ao centro.
O ensino de subir e descer escadas tem de ter em conta as incapacidades do doente e as características das escadas que o doente utiliza.
PARA ARA SUBIR SUBIR:
O ensino de subir e descer escadas tem de ter em conta as incapacidades do doente e as características das escadas que o doente utiliza.
PARA ARA SUBIR SUBIR:
Deve agarrar-se o corrimão com a mão sã e colocar o pé são no degrau seguinte. Com a mão no corrimão e a perna sã como apoio, inclinar-se para a frente, esticar o joelho são e colocar o pé doente ao lado do são no mesmo degrau. Subir um degrau de cada vez
PARA ARA DESCER DESCER:
Antes de começar a descer, certificar-se que a ponta do pé são se encontra na beira do degrau.
Segurar o corrimão com a mão sã;
colocar o pé doente no degrau seguinte, dobrando o joelho são, à medida que o pé doente desce.
Quando este estiver firmemente assente, com o joelho esticado e a perna capaz de suportar o peso do corpo, descer o pé são para o mesmo degrau. Descer um degrau de cada vez.
PARA SUBIR:
Colocar o pé são na borda do passeio e, em seguida, deslocar o peso do corpo para a perna sã; colocar o pé doente na borda, ao lado do pé são e, ao mesmo tempo, apoiar a bengala na borda do passeio.
PARA DESCER:
PARA DESCER:
Colocar a bengala na estrada, com os dedos do pé são sobre a borda do passeio; colocar o pé doente na estrada, dobrando o joelho são à medida que o pé for descendo. Quando a perna doente e a bengala estiverem aptas a suportar o peso do corpo, descer o pé são.
HIGIENE
Sanita
Para ajudar o doente a sentar-se e levantar-se da sanita, fixar uma barra, na parede, junto à sanita, do lado da mão sã. Se não houver parede desse lado, fixar a barra no chão. Tanto a barra como a sanita devem ter altura adequada à altura do doente.
Para a noite, ou se não tiver sanita, pode usar-se um bacio alto.
Passa assa assagem em da cadeira de rodas odas para a sanita
Passa assa assagem em da cadeira de rodas odas para a sanita
A porta da casa de banho deve ter largura suficiente para a cadeira de rodas passar.
Colocar, em frente da sanita, a cadeira de rodas travada e com os apoios dos pés levantados.
O doente deve pôr os pés no chão, agarrar-se com a mão sã à barra de apoio, inclinar-se para a frente, virar o pé são e sentar-se na sanita.
As calças devem ser desabotoadas antes de sair da cadeira, para que elas caiam quando a pessoa se levantar.
É conveniente habituar os intestinos a funcionar de manhã, antes de se ter arranjado.
É conveniente habituar os intestinos a funcionar de manhã, antes de se ter arranjado.
Banho
Equipamento para garantir a segurança do doente na banheira:
Usar duas cadeiras, uma colocada dentro e outra fora da banheira. Os assentos das cadeiras devem ficar ao mesmo nível da borda da banheira. Pôr calços de borracha nos pés das duas cadeiras.
No fundo da banheira, pôr um tapete de borracha com ventosas ou colar tiras de borracha.
Instalar barras de apoio na parede lateral e na parede de topo da banheira.
Dispor de chuveiro tipo "telefone" com uma mangueira flexível.
Para evitar queimaduras, tem de testar-se a temperatura da água. Podendo ser o doente a fazê-lo, deverá, para isso, usar a mão sã.
Para o doente se sentar na cadeira, deve fazer entrar primeiro, na banheira, o lado doente do corpo.
Para se lavar e usar o chuveiro, o doente deve usar a mão sã, utilizando uma escova de cabo comprido para lavar as costas e os pés.
Deve enxugar-se sentado.
SE NÃO HOUVER BANHEIRA ANHEIRA NEM CHUVEIR CHUVEIRO, usar uma tina de plástico.
A pessoa senta-se, com os cuidados referidos anteriormente, e utiliza um balde pequeno ou uma bacia, para despejar a água sobre si mesma.
Fazer a barba
Sentar-se numa cadeira, junto a uma mesa, sobre a qual se põe o espelho. É preferível usar máquina de barbear. Se usar lâmina de barbear, coloque a mão afectada debaixo do queixo,
para apoiar a cabeça, ou coloque o queixo sobre almofadas. Pentear entear Poderá usar um pente de cabo comprido ou atar uma pega comprida ao pente.
para apoiar a cabeça, ou coloque o queixo sobre almofadas. Pentear entear Poderá usar um pente de cabo comprido ou atar uma pega comprida ao pente.
Cuidar das unhas
Se o não puder fazer convenientemente, o doente deve ser auxiliado nesta tarefa.
VESTIR
Vestir para que a pessoa não possa sair de casa, deve arranjar-se como se fosse sair. É necessário fazer algumas adaptações no seu vestuário.
Vestir para que a pessoa não possa sair de casa, deve arranjar-se como se fosse sair. É necessário fazer algumas adaptações no seu vestuário.
Os fatos de treino podem ser uma boa opção: são quentes, confortáveis e as calças têm um cós de elástico muito prático.
As calças poderão ser mais fáceis de vestir do que as saias e as meias, especialmente quando for necessário o uso de talas.
Os sapatos devem ser de tamanho adequado, aconselhando-se os que têm elásticos laterais, pela facilidade com que se calçam e descalçam; os "ténis" com fita de velcro são mais práticos do que os de atacadores
As roupas para o tronco devem ser abotoadas à frente.
As casas dos botões devem ser alargadas, e os botões pequenos substituídos por outros maiores.
Se usar gravata, esta deve ter o nó já feito.
Camisa, vestido ou casaco
A pessoa, sentada, deve desdobrar a camisa, desabotoá-la, no colo, com a parte da frente voltada para baixo e o colarinho afastado de si. Com a mão sã, meter a mão doente na manga correspondente e ajustar a manga pelo braço acima. Atirar o resto da camisa para trás de si
e puxar a manga para cima, até que fique encaixada no ombro. Introduzir, em seguida, a mão sã na outra manga e vesti-la. Um vestido, camisola ou casaco é vestido da mesma maneira que uma camisa. No entanto, no caso de um vestido, é necessário levantar-se e ajeitar a saia antes de abotoá-lo.
e puxar a manga para cima, até que fique encaixada no ombro. Introduzir, em seguida, a mão sã na outra manga e vesti-la. Um vestido, camisola ou casaco é vestido da mesma maneira que uma camisa. No entanto, no caso de um vestido, é necessário levantar-se e ajeitar a saia antes de abotoá-lo.
Com a mão sã, puxar a camisa do ombro afectado; agarrar o meio da frente e retirá-la para o lado, despindo o ombro são. Retirar o braço são da manga. Com a mão sã, segurar o punho e despir a manga do braço afectado.
Calças
A pessoa deve sentar-se, cruzar a perna afectada com a ajuda da mão sã e enfiá-la nas calças. Em seguida, introduzir o pé são na outra perna das calças e puxá-las para cima. Se conseguir estar de pé, deve encostar-se a uma parede ou a um móvel seguro e puxar as calças com a mão
sã. Caso contrário, terá que se deitar, dobrar o joelho são e apoiar-se sobre o pé são, para levantar as ancas, puxar as calças até à cintura e abotoá-las.
sã. Caso contrário, terá que se deitar, dobrar o joelho são e apoiar-se sobre o pé são, para levantar as ancas, puxar as calças até à cintura e abotoá-las.
Se conseguir equilibrar-se de pé, deverá apoiar-se com a perna sã, desapertar as calças e puxá-las para baixo; sentar-se e despir, em primeiro lugar, a perna sã.
Cruzar a perna afectada e despi-la. Se não se conseguir equilibrar, terá de se deitar e desapertar as calças, dobrar o joelho são (empurrando o pé são contra a cama para levantar as ancas) e despir as calças.
Cruzar a perna afectada e despi-la. Se não se conseguir equilibrar, terá de se deitar e desapertar as calças, dobrar o joelho são (empurrando o pé são contra a cama para levantar as ancas) e despir as calças.
Meias
Com a mão sã, cruzar a perna afectada, de forma a que o pé fique ao alcance da mão sã; com a ajuda desta mão, colocar a abertura da meia no pé afectado e, já com o pé no chão, acabar de a calçar.
Com a mão sã, cruzar a perna afectada e descalçar a meia. Em seguida, cruzar a perna sã e descalçar a outra meia.
Sapatos
Com a ajuda da mão sã, cruzar a perna afectada, segurar o pé afectado e introduzi-lo no sapato. Se não conseguir calçar totalmente o sapato, utilizar uma calçadeira de cabo comprido. Se o pé não entrar facilmente, pô-lo no chão e fazer força com o joelho, tendo o cuidado de manter a calçadeira no sítio.
Soutien
Se possível, usar soutien que aperte à frente. Se for apertado atrás: colocar o soutien à volta da cintura com a parte de trás para a frente. Apertar os colchetes e rodá-lo para a posição correcta. Com a mão sã, levar as alças até aos ombros.
ACTIVIDADES DOMÉSTICAS
Cozinha
eve organizar-se a cozinha de forma a que a pessoa
possa executar as tarefas sentada, numa cadeira
confortável. A mesa de trabalho deve ter altura adequada à
estatura do utilizador. Os produtos alimentares e os utensílios
de cozinha deverão estar guardados em locais de fácil acesso.
Os armários e gavetas deverão ter puxadores que se possam
manejar com uma só mão. Para tornar mais fácil a execução
das tarefas domésticas, devem ser utilizados, sempre que
possível, aparelhos eléctricos, como o isqueiro eléctrico, em
vez de fósforos, abre-latas eléctrico, etc. A utilização de
alimentos congelados, e parcialmente preparados, facilita a
confecção das refeições.
eve organizar-se a cozinha de forma a que a pessoa
possa executar as tarefas sentada, numa cadeira
confortável. A mesa de trabalho deve ter altura adequada à
estatura do utilizador. Os produtos alimentares e os utensílios
de cozinha deverão estar guardados em locais de fácil acesso.
Os armários e gavetas deverão ter puxadores que se possam
manejar com uma só mão. Para tornar mais fácil a execução
das tarefas domésticas, devem ser utilizados, sempre que
possível, aparelhos eléctricos, como o isqueiro eléctrico, em
vez de fósforos, abre-latas eléctrico, etc. A utilização de
alimentos congelados, e parcialmente preparados, facilita a
confecção das refeições.
Limpeza da casa
As tarefas mais pesadas terão, certamente, que ser
realizadas por outra pessoa. O doente pode, no entanto, com
a mão sã, servir-se de escovas, esfregonas ou do aspirador.
Para lavar a roupa, é desejável usar uma máquina.
O estendal da roupa e a tábua de engomar devem ser
ajustados à altura da pessoa. O ferro de engomar deve ser
leve.
As tarefas mais pesadas terão, certamente, que ser
realizadas por outra pessoa. O doente pode, no entanto, com
a mão sã, servir-se de escovas, esfregonas ou do aspirador.
Para lavar a roupa, é desejável usar uma máquina.
O estendal da roupa e a tábua de engomar devem ser
ajustados à altura da pessoa. O ferro de engomar deve ser
leve.
COMUNICAÇÃO
Provocada por uma lesão no lado esquerdo do cérebro,
a afasia consiste numa perturbação, mais ou menos
grave, da linguagem oral e escrita e da compreensão da
palavra falada ou escrita. Podem verificar-se dificuldades no
uso da gramática, na nomeação dos objectos, na soletração
das palavras e no cálculo.
Provocada por uma lesão no lado esquerdo do cérebro,
a afasia consiste numa perturbação, mais ou menos
grave, da linguagem oral e escrita e da compreensão da
palavra falada ou escrita. Podem verificar-se dificuldades no
uso da gramática, na nomeação dos objectos, na soletração
das palavras e no cálculo.
A afasia pode, assim, afectar a compreensão daquilo que
os outros estão a tentar comunicar ao doente, podendo existir,
portanto, uma incapacidade para perceber e seguir
orientações dadas por outros, bem como interpretar
situações. Pode verificar-se ainda a chamada afasia global
que é a perda total da faculdade da linguagem.
Em geral, a afasia não é um estado progressivo e não piora,
diferindo em tipo e gravidade de pessoa para pessoa.
os outros estão a tentar comunicar ao doente, podendo existir,
portanto, uma incapacidade para perceber e seguir
orientações dadas por outros, bem como interpretar
situações. Pode verificar-se ainda a chamada afasia global
que é a perda total da faculdade da linguagem.
Em geral, a afasia não é um estado progressivo e não piora,
diferindo em tipo e gravidade de pessoa para pessoa.
Independentemente da gravidade da situação, a pessoa com
afasia tem que ser tratada como uma pessoa madura e
inteligente. Ela é, acima de tudo, a mesma pessoa que era
antes de adoecer. A ajuda possível consiste numa terapia
orientada por terapeutas da fala, que deverá ter início o mais
cedo possível, após a fase aguda do acidente vascular
cerebral. A terapia da fala irá auxiliar a pessoa a comunicar
mais facilmente, animando-a e tornando-a mais interessada
pelo seu estado e pela compreensão da natureza do seu
problema.
afasia tem que ser tratada como uma pessoa madura e
inteligente. Ela é, acima de tudo, a mesma pessoa que era
antes de adoecer. A ajuda possível consiste numa terapia
orientada por terapeutas da fala, que deverá ter início o mais
cedo possível, após a fase aguda do acidente vascular
cerebral. A terapia da fala irá auxiliar a pessoa a comunicar
mais facilmente, animando-a e tornando-a mais interessada
pelo seu estado e pela compreensão da natureza do seu
problema.
Apoiar uma pessoa com afasia
Poderá ser difícil obter os serviços de um terapeuta da fala
que se ocupe, de forma permanente, de um doente afásico.
Poderá ser difícil obter os serviços de um terapeuta da fala
que se ocupe, de forma permanente, de um doente afásico.
Neste caso, será útil ter presente que:
Deve começar-se com palavras que sejam importantes
para a pessoa afásica e para as suas necessidades
essenciais (cama, refeições, utilização da casa de banho).
para a pessoa afásica e para as suas necessidades
essenciais (cama, refeições, utilização da casa de banho).
Será mais fácil para o doente aprender nomes de coisas
que ele possa ver, ouvir ou sentir (mão, pão, camisa), em
vez de termos gerais (alimentos, roupa).
que ele possa ver, ouvir ou sentir (mão, pão, camisa), em
vez de termos gerais (alimentos, roupa).
O doente aprenderá com mais facilidade, em primeiro lugar,
substantivos, em seguida, verbos e adjectivos e, só mais
tarde, advérbios, preposições e conjunções.
substantivos, em seguida, verbos e adjectivos e, só mais
tarde, advérbios, preposições e conjunções.
Será preferível, de início, fazer uma lista prática com cerca
de 25 palavras (cama, cadeira, mesa, água, casa de
banho, sim, não, etc.), e quando a pessoa tiver aprendido
estas, ensinar-lhe uma lista mais extensa.
de 25 palavras (cama, cadeira, mesa, água, casa de
banho, sim, não, etc.), e quando a pessoa tiver aprendido
estas, ensinar-lhe uma lista mais extensa.
Pequenas sessões de treino, repetidas com frequência,
darão melhores resultados do que longas sessões menos
frequentes.
darão melhores resultados do que longas sessões menos
frequentes.
Muito poucos doentes recuperam totalmente a capacidade
para ler, escrever e falar. Podem tentar-se outras formas de
comunicação, tais como a mímica, gestos e a utilização de
desenhos. É conveniente dar ao doente um quadro ou um
bloco, com um determinado número de palavras, expressões
ou figuras essenciais, seleccionadas, para as quais ele possa
apontar, de forma a expressar as suas vontades ou
necessidades. De igual modo, se conseguir escrever, deverá
ter sempre à mão papel e caneta ou lápis.
A maioria das pessoas afásicas compreendem melhor as
imagens do que as palavras. Por conseguinte, deve tentarse
mostrar-lhes o que se gostaria que elas fizessem, em vez
de esperar que sigam instruções verbais, incompreensíveis
para elas. Estas pessoas distraem-se a ver filmes, televisão
ou jogos visuais (cartas, dominó, loto).
Uma vez que a compreensão da música é uma função
localizada no lado direito do cérebro, as pessoas afásicas
poderão ser capazes de distinguir entoações da fala, mais
facilmente do que palavras, e de as apreciar.
A família de uma pessoa afásica poderá ajudá-la criando,
em casa, uma atmosfera de compreensão. É necessário
permitir e encorajar a comunicação, fazendo com que os seus
erros não possam ser objecto de crítica ou postos a ridículo.
Os seus esforços para melhorar devem ser sempre elogiados,
e mesmo os mais pequenos resultados devem ser acolhidos
como grandes êxitos. Simultaneamente, deverá tomar parte
da vida familiar e social normal, indo ao cinema, recebendo
visitas, jantando com a família.
para ler, escrever e falar. Podem tentar-se outras formas de
comunicação, tais como a mímica, gestos e a utilização de
desenhos. É conveniente dar ao doente um quadro ou um
bloco, com um determinado número de palavras, expressões
ou figuras essenciais, seleccionadas, para as quais ele possa
apontar, de forma a expressar as suas vontades ou
necessidades. De igual modo, se conseguir escrever, deverá
ter sempre à mão papel e caneta ou lápis.
A maioria das pessoas afásicas compreendem melhor as
imagens do que as palavras. Por conseguinte, deve tentarse
mostrar-lhes o que se gostaria que elas fizessem, em vez
de esperar que sigam instruções verbais, incompreensíveis
para elas. Estas pessoas distraem-se a ver filmes, televisão
ou jogos visuais (cartas, dominó, loto).
Uma vez que a compreensão da música é uma função
localizada no lado direito do cérebro, as pessoas afásicas
poderão ser capazes de distinguir entoações da fala, mais
facilmente do que palavras, e de as apreciar.
A família de uma pessoa afásica poderá ajudá-la criando,
em casa, uma atmosfera de compreensão. É necessário
permitir e encorajar a comunicação, fazendo com que os seus
erros não possam ser objecto de crítica ou postos a ridículo.
Os seus esforços para melhorar devem ser sempre elogiados,
e mesmo os mais pequenos resultados devem ser acolhidos
como grandes êxitos. Simultaneamente, deverá tomar parte
da vida familiar e social normal, indo ao cinema, recebendo
visitas, jantando com a família.
VIVER APÓS UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
É necessário fazer o possível para que o doente sinta vontade
de falar, dando-lhe todas as oportunidades para ouvir falar,
através do diálogo, da leitura em voz alta, da rádio e da
televisão.
As explicações devem ser dadas devagar e em frases curtas
e simples, mas não como se se estivesse a falar com uma
criança.
Não deve falar-se pelo doente, excepto em casos de absoluta
necessidade, mas, pelo contrário, dar-lhe a oportunidade de
falar primeiro, mesmo que seja lento a expressar-se. Não
insistir para que articule as palavras com perfeição: de início,
será suficiente que se consiga fazer compreender.
É necessário fazer o possível para que o doente sinta vontade
de falar, dando-lhe todas as oportunidades para ouvir falar,
através do diálogo, da leitura em voz alta, da rádio e da
televisão.
As explicações devem ser dadas devagar e em frases curtas
e simples, mas não como se se estivesse a falar com uma
criança.
Não deve falar-se pelo doente, excepto em casos de absoluta
necessidade, mas, pelo contrário, dar-lhe a oportunidade de
falar primeiro, mesmo que seja lento a expressar-se. Não
insistir para que articule as palavras com perfeição: de início,
será suficiente que se consiga fazer compreender.
APOIO ESPECIALIZADO
ara ajudar as pessoas que tiveram um AVC, para além
do contributo da sua família e amigos, pode ser
necessária a intervenção de vários profissionais.
ara ajudar as pessoas que tiveram um AVC, para além
do contributo da sua família e amigos, pode ser
necessária a intervenção de vários profissionais.
Médico Assistente
Um acidente vascular cerebral ocorre, geralmente, em
indivíduos que antes do AVC já tinham outra doença, tal como
tensão alta, doenças do coração ou diabetes. Assim, a pessoa
poderá ter de fazer dieta, tomar medicamentos ou ter outros
cuidados para controlar essa situação. Poderá, ainda,
necessitar de um analgésico, devido a um problema articular
que tenha surgido no lado afectado. O médico assistente
prestará ajuda e encaminhá-la-á, se necessário, para um
fisioterapeuta ou outro profissional, acompanhando o trabalho
deste.
Um acidente vascular cerebral ocorre, geralmente, em
indivíduos que antes do AVC já tinham outra doença, tal como
tensão alta, doenças do coração ou diabetes. Assim, a pessoa
poderá ter de fazer dieta, tomar medicamentos ou ter outros
cuidados para controlar essa situação. Poderá, ainda,
necessitar de um analgésico, devido a um problema articular
que tenha surgido no lado afectado. O médico assistente
prestará ajuda e encaminhá-la-á, se necessário, para um
fisioterapeuta ou outro profissional, acompanhando o trabalho
deste.
Cabe ao enfermeiro orientar o doente e estimulá-lo a fazer
os exercícios em casa, assim como aconselhar quanto aos
cuidados a ter com a pele, bexiga e intestinos e ajudá-lo na
escolha e utilização de dispositivos e aparelhos de que
necessita.
Cabe-lhe também dar informações, apoio e orientações à
família e a outras pessoas envolvidas na prestação de
cuidados.
Fisioterapeuta
Fará os tratamentos indicados pelo médico e treinará a
pessoa na execução de exercícios e no uso das ajudas
técnicas (bengala, cadeira de rodas, etc.).
Terapeuta erapeuta ocupacional
Ajudará o doente a automatizar-se, com as capacidades
restantes, nas actividades da vida diária.
Terapeuta erapeuta da fala
Procederá à avaliação e tratamento, ou ensinará os familiares
a encarregarem-se dos exercícios de reeducação da fala.
Assistente social
A assistente social, que pode estar ligada a qualquer entidade
ou organização local (autarquia, centro de saúde, paróquia,
etc.), dará informações sobre os direitos relativos à
assistência financeira (incluindo apoio no preenchimento dos
impressos e elaboração dos pedidos) e sobre os serviços
disponibilizados pelas entidades e organizações locais.
os exercícios em casa, assim como aconselhar quanto aos
cuidados a ter com a pele, bexiga e intestinos e ajudá-lo na
escolha e utilização de dispositivos e aparelhos de que
necessita.
Cabe-lhe também dar informações, apoio e orientações à
família e a outras pessoas envolvidas na prestação de
cuidados.
Fisioterapeuta
Fará os tratamentos indicados pelo médico e treinará a
pessoa na execução de exercícios e no uso das ajudas
técnicas (bengala, cadeira de rodas, etc.).
Terapeuta erapeuta ocupacional
Ajudará o doente a automatizar-se, com as capacidades
restantes, nas actividades da vida diária.
Terapeuta erapeuta da fala
Procederá à avaliação e tratamento, ou ensinará os familiares
a encarregarem-se dos exercícios de reeducação da fala.
Assistente social
A assistente social, que pode estar ligada a qualquer entidade
ou organização local (autarquia, centro de saúde, paróquia,
etc.), dará informações sobre os direitos relativos à
assistência financeira (incluindo apoio no preenchimento dos
impressos e elaboração dos pedidos) e sobre os serviços
disponibilizados pelas entidades e organizações locais.
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